O ciclo de vida do produto é uma das melhores maneiras de se avaliar o estágio em que o seu produto se encontra no mercado.

Sabendo dessa posição fica mais fácil para o empresário e seus sócios saberem se devem investir mais na mercadoria e em estratégias para aumentar suas vendas ou se é melhor investir em um novo tipo de produto.

Conhecer esta prática é essencial não só para o planejamento estratégico da empresa mas também para o seu plano de marketing, seja geral seja específico para cada produto na prateleira ou no seu controle de estoque.

Independente do mercado em que a sua empresa atua, o ciclo de vida do produto se aplica à situação das suas mercadorias. Isso porque, os estágios em que cada produto é bem claro de se notar quando se conhece a técnica.

E é tendo essa visão clara sobre cada fase que você e seus sócios vão conseguir fazer investimentos específicos e traçar estratégias direcionadas a cada situação.

Com a ajuda de uma boa equipe e de um bom plano de ação, vai ficar fácil perceber o que deve ser feito para mudar a posição desses produtos no mercado em que eles estão inseridos.

Mas não é só isso que conhecer o ciclo de vida do produto ajuda. Essa prática ajuda também a perceber quando é o melhor momento para que um produto saia do mercado.

Isso mesmo. Nem sempre a melhor estratégia é manter um produto nas prateleiras só porque ele já fez sucesso um dia.

Muitas vezes um produto já não tem mais saída junto aos consumidores mas seus produtores continuam gastando para produzir e distribuir eles, sem notar que com as baixas vendas eles estão tendo prejuízo. Isso sem contar com a ideia de que talvez eles estejam fazendo investimentos em marketing também.

O ciclo de vida do produto tem 5 fases e uma das fases é justamente essa: a fase do declínio do produto. Mas antes de a gente se aprofundar nisso, vamos entender o que é o conceito desse ciclo de vida do produto.

O que é ciclo de vida do produto

O ciclo de vida do produto é o conjunto de fases pela qual um produto passa até sair do mercado. Esse ciclo começa com o desenvolvimento da mercadoria até o momento em que ela encontra o seu declínio de vendas, até a sua extinção.

Esse esquema foi criado pelo economista alemão Theodore Levitt, bastante conhecido por sua atuação na Harvard Business School. O ciclo de vida do produto proposto por Levitt é composto por 5 estágios diferentes, que possuem suas características, especificidades e exigências únicas, seja para um esquema de vendas seja para a elaboração de um plano de marketing.

Assim, conhecer o ciclo de vida do produto permite que você saiba monitorar o comportamento do mercado durante a presença do seu produto nele, assim como monitorar, também, o comportamento do consumidor o do público-alvo da sua mercadoria.

Esse monitoramento resulta em uma regulação de preço específica para cada fase da vida do produto, de forma que ele fique no mercado, rendendo lucros, pelo máximo tempo possível.

Em termos de divulgação, o ciclo de vida do produto ajuda você a traçar um planejamento estratégico com planos de ação direcionados para a divulgação do produto em cada uma das suas fases.

Além dessas vantagens, ainda existe uma série de benefícios de se conhecer o ciclo de vida do produto aí na sua empresa. Conheça alguns deles:

Vantagens do ciclo de vida do produto

O ciclo de vida do produto tem fases bem específicas, como citamos ali em cima. Essas fases devem ser conhecidas em profundidade por um empresário e mesmo, por um gestor, uma vez que isso influencia diretamente no desempenho das vendas.

Essa influência, é claro, se estende também, aos valores dos investimentos que a empresa vai fazer em determinado produto.

Se na fase de desenvolvimento desse produto a empresa gastar um valor alto, o retorno desse investimento pode ser demorado e pode não acontecer se esse produto tiver um ciclo de vida curto depois de sair dos estoques da empresa e ir para as prateleiras.

Além disso, se o desenvolvimento dessa mercadoria for custoso, como você vai decidir o melhor preço para ela de forma a garantir o retorno rápido desse investimento, sem perder participação no mercado e sem perder potenciais clientes?

Conhecer o ciclo de vida do produto ajuda você a responder esse tipo de questão. A sua produção sempre deve obedecer a demanda do mercado, mas para saber a demanda você deve analisar muito mais do que somente o número de vendas.

Você precisa saber também, projetar até quando as vendas vão permanecer no mesmo ritmo, o quanto produzir em cada período de tempo que corresponde a cada fase do ciclo de vida do produto.

Ciclo de vida do produto

É necessário também, saber quando descontinuar o produto. Embora essa não seja a vontade da maioria dos empresários, existem um momento em que os custos da produção de determinada mercadoria já não são cobertos pelos lucros, uma vez que rentabilidade e lucratividade são coisas bem diferentes.

Você vai notar, quando começar a entender o ciclo de vida do produto, que cada produto e cada fase deste produto devem ser tratadas de maneiras diferentes, afinal são momentos diferentes que ele enfrenta no mercado.

Entender esses momentos ajuda a planejar até mesmo a substituição deste produto, ou até, uma melhoria específica nele, de modo a superar os possíveis concorrentes.

As 5 fases do ciclo de vida do produto

Apesar de muitos especialistas definirem somente 4 fases da vida para cada produto, o modelo mais conhecido específica que existem 5 fases entre o nascimento e a morte de uma mercadoria. Vamos a elas:

  • 1. Desenvolvimento

O desenvolvimento é a primeira fase do ciclo de vida do produto por razões óbvias: é no desenvolvimento que o produto começa a ser planejado e a tomar forma. A fase de desenvolvimento pode demandar grandes investimentos monetários, mas também mobiliza suas áreas de gestão de pessoas, seus recursos materiais, e pode até mesmo colocar à prova a capacidade de organização e planejamento das suas equipes.

Como nesta etapa o produto ainda está no campo das ideias, ainda não há vendas nem lucros para cobrirem as despesas geradas pelo seu desenvolvimento. Por isso, o ideal é que o empresário tenha o seu capital de giro muito bem controlado, assim como o seu capital inicial já coberto pelo ponto de equilíbrio.

É nessa fase, também, que devem ocorrer as análise e estudos sobre a viabilidade desse novo projeto. Há um público consumidor para ele? O retorno sobre o investimento vai se dar a curto ou a longo prazo? É um produto novo ou você vai ter concorrentes? Quais vão ser as melhores estratégias de marketing para vender o produto?

Nessa festa você deve responder essas perguntas e muitas outras que sejam pertinentes ao seu ramo de negócio. Cuidado para não se encantar com uma ideia que parece inovadora mas que não se prova lucrativa nem a curto nem a longo prazo.

  • 2. Introdução

Essa é a etapa em que o produto entra para o mercado. Se as perguntas da fase anterior foram bem respondidas e se todos os cenários foram estudados e analisados, é neste momento que você e sua equipe vão direcionar o seu marketing para o público-alvo desse novo produto.

Seus esforços também devem se direcionar para a logística da distribuição desta nova mercadoria, de modo que você não tenha prejuízos nem perdas durante o transporte do seu produto.

Nesta fase do ciclo de vida do produto ele ainda não gera lucros, mas sempre há faturamento. Nesse momento a continuidade da presença desse produto no mercado depende do capital de giro da empresa mas a ideia é não ficar nessa dependência por muito tempo.

A demanda, nessa fase, é muito mais em propaganda e marketing, uma vez que a sua produção ainda não precisa ser grande. Como o produto recém está sendo introduzido no mercado, poucas pessoas conhecem e compram ele.

Em termos de concorrência, isso vai depender da originalidade do seu produto. Se ele for um produto que ainda não existe no mercado, nesta fase você ainda não tem concorrentes.

  • 3. Crescimento

O crescimento é aquela etapa do ciclo de vida do produto em que as pessoas finalmente conhecem a sua mercadoria e o público-alvo dele já compra ele em quantidade. Esta é a fase da chegada do lucro e em que menos esforços e investimentos são necessários para a manutenção das vendas e da presença do produto no mercado.

Os esforços, aqui, são no sentido de manter a sua participação no mercado, com foco na liderança, além de continuar a escalada em direção à lucratividade.

Como nessa fase o público já conhece o seu produto – e você já conhece o seu público – fica muito mais fácil continuar vendendo para ele e ainda, expandir as vendas para novos públicos.

Se o seu produto estiver fazendo sucesso, é nessa fase também que surgem os concorrentes. Vale lembrar que os concorrentes não precisaram investir tanto em desenvolvimento de produto nem em pesquisa de mercado, já que estão vendendo um produto similar ao seu.

Portanto, eles vão ter mais dinheiro para investir na divulgação do produto deles. Por isso, na fase de crescimento você deve investir todos os seus recursos em publicidade, para firmar a sua marca no mercado e para ela ser a primeira que vem à mente do seu público consumidor quando ele pensar em um produto do tipo.

  • 4. Maturidade

A quarta fase do ciclo de vida do produto é a maturidade. É quando o seu produto, após ter o seu crescimento constante e seus picos de lucro, começa a estabilizar. As vendas começam a estar sempre no mesmo patamar, ou mesmo, podem começar a cair, assim como os lucros.

Depois de atingir o seu ápice, o seu produto está estabilizado, alcançou a maturidade. Essa é uma fase bastante arriscada no ciclo de vida do produto, porque o empresário tem duas alternativas quando a mercadoria chega nesse estágio: fazer alguma alteração ou inovação no produto ou encerrar o seu ciclo de vida antes do tempo.

Isso porque, quando o produto chega nessa fase, o marketing não traz mais novos clientes e compradores, seus concorrentes já possuem produtos similares – talvez com preços menores – e o mercado já está saturado do seu produto.

Na fase de maturidade do produto o empresário vai precisar inovar, criar uma nova versão do produto, uma nova fórmula ou uma alteração nos preços.

Essa fase costuma ser a mais longa do ciclo de vida do produto e, junto com a fase de crescimento, são as fases que o empresário e seus sócios devem se esforçar mais para estender a duração. Quanto mais tempo o produto ficar nessas duas fases, melhor será o seu retorno sobre investimento.

  • 5. Declínio

Tudo o que tem um apogeu tem um declínio e com um produto isso não é diferente. Depois de seu período de crescimento e de maturidade que, dependendo da qualidade do seu produto e da eficiência do plano de negócios implementado para ela, duraram bastante, as suas vendas entram em declínio.

Na fase de declínio do seu produto, é a hora de analisar o seu planejamento orçamentário e estudar se os impactos da produção e venda desse produto ainda são positivos para o fluxo de caixa da empresa.

É possível que nessa fase o produto já não seja mais lucrativo, ou pior, pode estar dando até prejuízo para o seu negócio.

Embora possa doer, é a hora de encerrar a produção dessa mercadoria. Ela já não serve aos propósitos da empresa. Há ainda, mais uma alternativa: você pode continuar acreditando no potencial desse produto, e investir massivamente na promoção dele, expandindo para novos mercados ou, na manutenção do mercado atual.

Há exemplos de marcas que fazem isso com perfeição, como a Coca-Cola, que está há anos no mercado e continua com suas vendas em alta no mundo todo. É claro que nesse caso, há uma força de marketing gigantesca, focada nesse tipo de resultado, mas é possível.

Por isso, nessa fase chega a hora da decisão. Analise o papel do produto no mercado junto com seus sócios e decidam o que pode trazer mais resultados positivos para a empresa.

Ciclo de vida do produto

Enfim, não existe uma definição única e precisa da duração de cada um desses períodos e fases do ciclo de vida do produto. Tudo isso depende da originalidade, qualidade, aceitação e do preço do seu produto.

Também pode depender do papel que o seu produto representa na vida do seu consumidor e, também, na história da empresa. Por isso, vale analisar o ciclo de vida do produto, também, por meio de uma Matriz BCG. Nós vamos fazer um artigo falando sobre isso em breve, por isso, fique atento às nossas publicações. Ative as notificações do nosso blog e não perca as nossas atualizações.

Enquanto isso, analise o ciclo de vida dos produtos que você disponibiliza na sua empresa. Faça uma varredura em todo o seu sistema de gestão de estoque e descubra o que ainda serve e o que já não serve para o mercado e para a imagem da sua empresa.

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p style=”text-align: justify;”>Se você gostou do assunto ou ficou com alguma dúvida, dá uma olhadinha no vídeo abaixo que fala mais um pouco sobre o tema: